A GM G22U é uma locomotiva projetada pela EMD para ser a sucessora da EMDGM G12 com a substituição do motor 567 pelo 645 em 1966. Possui motor 12-645E aspirado que lhe fornece potência bruta de 1650Hp e 1500Hp (1118Kw) para tração. As 129 unidades que rodam no Brasil foram fabricadas pela Material y Construcciones S.A. (Macosa) da Espanha sob licensa da Electro-Motive Dieseldurante os primeiros anos da década de 1970. O Brasil vivia o "milagre brasileiro", período de grandes investimentos em infra-estrutura. A RFFSA pode então fazer uma grande encomenda de locomotivas para bitola métrica, começando pelas G22U e G22CU, para os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e depois de G26CU para o Rio Grande do Sul.
Essas locomotivas tiveram importante papel na região sul do pais, tendo sido por mais de 30 anos usadas na linha Curitiba-Paranaguá, substituindo nos anos 1970 as GE U12B e GM GL8 e GM G12. Foram utilizadas normalmente em triplex, quadras, quinas e até mesmo senas nos tempos da RFFSA, e em tração distribuida já no período concessionado a ALL.
Composições eram compostas por três maquinas acopladas na frente e três no meio da composição, de 70 a 85 vagões, que desciam a serra.
Também atendem até os dias presentes o Ramal de Rio Branco do Sul, antiga Estrada de Ferro Norte do Paraná. Nessa linha atualmente operam acopladas a um conjunto M1, isto é, uma locomotiva baixada, que é reformada, recebendo truques Flexcoil-B, motores de tração D31 e operam como unidade de tração alimentada pela potência extra que a G22 é capaz de gerar, pois seu gerador é o mesmo da G22CU, que possui 6 eixos. Duas unidades G22U são conectadas a uma M1, que geralmente fica no meio das unidades alimentadoras. Cada locomotiva é direcionada com a cabine apontada para extremidade, formando um grande conjunto inseparável ao estilo <> , onde X são as G22U e Y a Unidade Lastreada M1. As setas representam a direção das cabines de comando. Tais unidades São chamadas de M1, ou mesmo SLUG.
Trafegam também no Ramal de São Francisco, aonde as curvas apertadas não permitem a circulação de maquinas de maior porte sem grandes reformas das linhas.
No Rio Grande do Sul tiveram atuação durante o período da RFFSA, quando 10 unidades foram destinadas a Viação Ferrea Rio Grande do Sul. Com a privatização todas as unidades foram reunidas, e não houve mais distinção dessas maquinas.
Pouco antes da privatização a RFFSA enviou para a Estrada de Ferro Dona Thereza Cristhina uma unidade, assim como algumas G12 para dieselizar a malha, que até então operava locomotivas a vapor. A unidade que foi enviada era a 4409, que encontra-se até hoje operando pela FTC.
Durante mais de trinta anos de operação sofreram algumas pequenas modificações como criação do passadiço traseiro, aumento da capacidade do tanque de combustivel, adaptação para unidade geradora M1, corte das "saias" laterias para melhor acesso as tubulações e cabos elétricos, fechamento de Number-boards e Luzes de Classificação, troca de limpa trilhos, grades dos radiadores, retirada da placa da Macosa e de placa de númeração da lateral da cabine em alto relevo. (acessório não original, incluso pela RFFSA), construção de passadiço traseiro (semelhante ao das G22CU), adaptação para queima de bio-diesel.
Brasil
Adquirida entre 1971 e 1973 pela RFFSA, satisfeita com os resultados das GM G12 na bitola métrica. Foram compradas para serem distribuídas na 11ª e 13ª Divisão da RFFSA, nas Regionais Paraná-Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Foram distribuídas da seguinte forma:
- 119 para a SR-5 (Curitiba).
- 10 para SR-6 (Porto Alegre).
Posteriormente uma delas foi transferida da SR-5 para a Ferrovia Teresa Cristinadurante sua dieselização. (4409)
Locomotivas baixadas
- 4302, 4317, 4323, 4324, 4327, 4336, 4337, 4347, 4353, 4367, 4393, 4411, 4428
Locomotiva transformada em Slug M-2
- 4323
- Locomotiva transferida para Ferrovia Teresa Cristina.
- 4409
Locomotivas com tanque de combustível ampliado para:
- 4900L: 4316, 4340, 4385, 4391, 4395, 4396, 4400, 4404
- 5200L: 4305, 4329, 4338, 4377, 4386, 4387, 4392
- 6000L: 4381
Locomotivas que usaram o bio-diesel como combustivel (fizeram testes, e atualmente retornaram a ultilizar diesel comum)
- 4380, 4386
Locomotivas com passadisso traseiro:
- 4334, 4309, 4409, 4332,4310,4389
Locomotivas com adaptação para M-1 (Slug):
- 4304, 4305, 4321, 4329, 4331, 4332, 4333, 4338, 4341, 4349, 4352, 4356, 4359, 4363, 4368, 4377, 4380, 4381, 4383, 4385, 4386, 4387, 4391, 4392, 4395, 4396, 4397, 4399, 4403, 4404, 4405, 4412, 4413, 4420, 4423, 442

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